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Ser “Calebe” é ser ativo

Saiba o que o grupo da Universal faz para trazer felicidade aos idosos

Uma vez por semana, Maria Serafina Rodrigues Carvalho, de 54 anos, enfrenta um percurso de aproximadamente 1 hora de transporte público – isso em boas condições de trânsito –, da cidade de Taboão da Serra (Grande São Paulo), onde mora, até o bairro de Santo Amaro (zona sul da capital paulista).

Quando chega ao destino, na rua Missionários, número 114, Maria tem cerca de dez alunas à sua espera. Sim, alunas, pois Maria é professora voluntária de design de bijuterias no grupo Calebe.

Todas se sentam em volta de uma mesa coberta por várias bolinhas de plástico, de todas as cores, enfeites e peças brilhantes. Em uma revista, cada uma das alunas escolhe um modelo de colar ou pulseira e tenta reproduzir a peça.

O salão é movimentado. Logo ao lado há outra mesa, onde outro grupo de mulheres aprende a fazer artesanato.

Corpo em movimento

 

 

Em outra sala, é possível ouvir um som agitado, que ecoa por todo o prédio. O motivo da festa: uma aula de dança, comandada por Josete Pereira da Silva, de 61 anos (foto ao lado, ao centro).

As alunas aprendem diversos ritmos: bolero, forró, sertanejo, entre outros.

Josete lembra que arriscou seus primeiros passos de dança quando tinha, mais ou menos, 7 anos de idade. Desde então, nunca mais parou. Foi se aperfeiçoando e ganhou até prêmios em concursos. Há 1 ano – quando a criação do grupo Calebe foi anunciada pelo bispo Edir Macedo –, Josete decidiu participar do grupo e contribuir, ensinando outras participantes a dançar.

“Tanto para ajudar as senhoras como por ser uma oportunidade de fazer algo que eu sempre desejei: juntar pessoas para falar de Jesus. Aquilo que Ele fez na minha vida, também quero passar para elas, porque nunca é tarde para sermos felizes. É uma idade que pode ‘acabar’ com a gente, nos deixar sentadas no sofá, assistindo televisão – e isso não leva a nada. Temos de nos exercitar, temos de fazer coisas boas, somos o ‘Calebe’”, faz questão de destacar a professora de dança.

Beleza e saúde

 

 

Num outro ambiente está Veranice Neto Ramos, de 56 anos (foto ao lado), professora de estética – trabalha há mais de 30 anos nessa área.

Para ela, cuidar da beleza é uma questão de saúde, e pode evitar algumas doenças. “As aulas são importantes tanto para elas aprenderem os cuidados que devem ter consigo mesmas, quanto para fazerem algum tratamento de beleza em outra pessoa, já que algumas de nossas alunas também usam os aprendizados daqui para trabalhar por conta própria”, observa Veranice.

Melhor idade conectada

Do outro lado do prédio há também um laboratório de informática, onde os alunos ganham a chance de se atualizar em relação aos computadores, por meio de diversas atividades que seguem um cronograma de aulas montado especificamente para a terceira idade.

O novo perfil do idoso

Uma pesquisa realizada por algumas das mais importantes faculdades de medicina dos Estados Unidos e do mundo, entre elas a aclamada Johns Hopkins, no estado de Maryland, aponta que até 57% dos idosos sofrem alguma forma de depressão crônica em algum momento de sua velhice. E o pior é que, de acordo com o estudo, isso abre portas para várias doenças, pois baixa a imunidade do corpo a elas, além de tornar mais difícil a luta contra tais males – de simples infecções ao câncer, que podem fazer a morte chegar mais cedo.

Ainda segundo o levantamento, outra causa para a diminuição da eficácia imunológica nas pessoas com mais de 60 anos é a falta de apoio social. Daí a vital importância de programas de incentivo à qualidade de vida dos idosos.

Os alunos que participam dos cursos promovidos pelo grupo Calebe formam o que a Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (Pnad) 2012, um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chama de “a nova geração de idosos”, caracterizados por viverem mais tempo, pertencerem a uma faixa etária da população cada vez maior e interessada em aprender as novas tecnologias e se adequar à modernidade.

Para ser um “Calebe”

É possível participar do Calebe comparecendo à sede do grupo – que fica ao lado da Universal da Avenida João Dias – durante as atividades, que acontecem durante a semana, exceto às terças e quintas, das 16h às 20h. Se preferir, informe-se em uma Universal mais próxima de você.

O grupo também conta com o “Momento Calebe”, uma programação na Rede Aleluia de rádio (99.3 FM, em São Paulo), todas as quintas-feiras, às 15h30, onde o pastor Danilo Sgambatti, coordenador nacional do Calebe, traz orientações sobre os cuidados que o idoso deve ter para uma vida com mais qualidade.